quarta-feira, 23 de outubro de 2013

BISCATE SIM! PILANTRA NÃO!


SIM!!! Pode biscatear à vontade!!!!!!!!!! Biscatear faz bem: ao ego, ao corpo, à pele... sair, dar um treps com quem quiser, na hora que quiser... Claro que pode! Em uma roda de amigas, discutíamos sobre essa questão... Chamamos de “biscate” aquela guria que se esfrega no seu namorado na sua frente... não contente, ela se esfrega em todos os meninos da roda na frente de suas respectivas namoradas e faz isso pelo puro prazer de deixar as namoradas para baixo, mostrar que tem mais poder de fogo (?) do que qualquer outra mulher naquele recinto. Ok. Isso é ser biscate? Uma mulher que faz isso merece essa alcunha? Na minha humilde opinião... NÃO! Isso não é ser biscate, isso é mostrar um falta de caráter monstruosa, uma carência, necessidade de atenção aguda, um egocentrismo que se alimenta de constrangimento e da tristeza alheia por meio de comportamentos ofensivos, desnecessários, patéticos e obviamente infantis.
            Voltando para a roda de conversa, o termo encontrado para melhor definir quem tem esse tipo de comportamento foi “pilantra”. Refletindo sobre o termo, percebi que a palavra “pilantra” não traz em si o gênero, saberemos dentro do contexto se estamos falando de UM PILANTRA ou de UMA PILANTRA. Mais ainda, fui verificar a etimologia da palavra e olha só que interessante: descobri que vem de Pelintra, uma palavra dos cultos africanos, usada na verdade para referir-se à entidade chamada de “Zé Pelintra” ou ainda “Zé Pilintra” o famoso MALANDRÃÃÃÃO. (vide: http://www.africanasraizes.com.br/pelintra.html).
            Independente da origem e/ou aplicação da palavra PILANTRA, a conclusão é que BISCATE é um termo sexista para designar a mulher que tem um comportamento sexual livre: liberto dos padrões sociais estabelecidos pelo patriarcado há séculos. A biscate não passa vontade por receio do que os outros pensarão, ela busca sua independência moral e sexual e muitas vezes nessa busca, seu comportamento é criticado até mesmo por outras mulheres, que preferem ser as “certinhas”. (Isso é assunto para outra postagem...) 
            Em todo caso, meninos e, principalmente, meninas, não usemos o termo “biscate” de maneira pejorativa, não odiemos as biscates, não usemos essa palavra para falar da falta de caráter, para falar daquela mocinha que fica fazendo raivinha para as namoradas achando que está ARRASANDO. Saibamos apenas que essas mocinhas precisam de ajuda psicológica (quiçá psiquiátrica) com urgência. Usemos o termo “biscate” para falar das mulheres que não se importam com o julgamento alheio, para as mulheres que pensam que sua vida sexual pode e deve estar desvinculada de seu profissionalismo, da sua capacidade intelectual... Não importa com quantos homens (ou mulheres) nos relacionemos sexualmente, importa não enganar, não mentir, não constranger, não ferir, não causa mal a outrem intencionalmente sobretudo por uma questão de ego. Isso é coisa de pilantra!!!


Biscates: tamo junto!!!!