domingo, 19 de setembro de 2010

A passo de caracol


Parece que passou tanto tempo, que as mulheres conquistaram espaço, contudo, tantas coisas continuam iguais. Estou esperando pela fogueira, como uma feiticeira. Mulheres condenadas pela sociedade. Quando digo sociedade, leia-se: condenadas por homens e mulheres.
Leia-se: o mundo evoluiu, mas nem tanto: algumas coisas (não tão boas) continuam iguais. O pior é que a perspectiva de mudança está (?) em um horizonte distante. E muitas das vezes, as próprias mulheres são responsáveis por isso. Seja por cultura ou religião, as liberdades são relativas e arbitrárias, a pena (ainda bem) não é mais a fogueira, mas pode ser bem pior conviver com certas atitudes e julgamentos. O velho espartilho não desapareceu. Há um espartilho invisível em torno das mulheres que sufoca, aperta, espreme as vontades, os sonhos, os desejos. Some a isso as obrigações e ZAZ!!!  A liberdade das mulheres, mulheres, vai a passo de caracol. E temo que esse espartilho esteja cada vez mais apertado, assegurado pela mídia e padrões de beleza, cobranças da família, do meio no qual se vive. No entanto, mulher, se não sente esse espartilho, talvez seus sonhos estejam sufocados por ele.














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