terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mulher: artigo para gaveta – SÓ QUE NÃO!

             

             Lendo sobre dicas de decoração, uma saída para esconder a bagunça de casa é guardar tudo em armários e gavetas. E lindo. Tudo arrumado. Observando como alguns homens tratam suas parceiras, acabo de me dar conta que muitos homens não tem coragem de assumi-las. Há casos e casos: seja pela aparência, classe social, cor, religião ou simplesmente pelo fato de que querem parecer solteiros, solteiríssimos paquitões da paróquia.

            Assumir essas mulheres causaria uma bagunça na tão boa vida desses homens. Eu gostaria de dizer que eles são uns covardes, mas vou me limitar a dizer que eles não valem o que deixam na latrina, até porque, meu foco não é falar deles e sim dessas mulheres que são engavetadas: ou porque gostam, ou porque acreditam em promessas ou pior, aquelas que nem sabem que estão engavetadas.
            Faz pouco tempo, pesquisando para escrever meu projeto de mestrado, deparei-me com um livro muito interessante “Mulher, artigo de cama e mesa”. Esse livro me foi muito útil, ainda que pouco eu tenha aproveitado dele para o corpo do texto como citação, porém ele trazia ideias sobre os papéis sociais de homens e mulheres construídos ao longo do tempo e quanto o patriarcado havia delimitado o território feminino em vários aspectos. O livro tem ilustrações muito divertidas e um texto bastante ácido, vale a pena ler. Hoje, no entanto, estou aqui para falar da mulher que é artigo de gaveta.

Sabe quando um homem só chama você durante a semana para sair ou te ver? Sabe quando ele nunca te leva para conhecer a família dele? (é, porque, só ele conhecer a sua família não quer dizer nada, aliás, ele pode estar engavetando a família toda). Ah, tem aquele das redes sociais, até curte as suas fotos e todas as outras, ou seja, “curto as fotos das minhas amigas”. E aquele, que faz uns programinhas bem secretos com você? Tipo, a última sessão de cinema, aqueles restaurantes nos quais jamais vão pessoas do círculo social dele? Ou melhor ainda: só vai à sua casa, nunca você vai a casa dele (independente de morar com amigos ou com a família).
Gurias, se vocês estão se vendo em alguma dessas situações: cuidado! É bem possível que você esteja sendo um artigo de gaveta. É, você é aquilo que deve ser escondido. E quando digo “aquilo” é porque quero mesmo dizer estão sendo objetos. Passei por isso faz pouco tempo e, sinceramente, a situação é angustiante. Já vi algumas mulheres que aceitaram, mas me parece tão degradante. Em um conversa com algumas amigas cheguei a ouvir “degradante é ficar sozinha”. PUTA QUE O PARIU!!!!!!!! Isso é o cúmulo da baixa autoestima: aceitar ser um objeto de gaveta. Querendo ou não, essa mensagem de autoestima lá no pé é captada pelos parceiros e isso gera um círculo vicioso no qual você vai sendo colocada mais e mais na gaveta.
A solução para isso depende do quanto amamos a nós mesmas. Sair da gaveta pode sim implicar em não mais ter a companhia de um homem. Mas será que a companhia de um homem que te esconde é realmente uma boa companhia? E os sumiços? São recorrentes? Será que viver como se fosse a outra, sempre na penumbra é bom? Onde isso acabará? Como isso acabará? Um belo dia você pode verificar por meio das redes sociais ou mesmo amigos em comum que a sua companhia tem uma namorada, ou melhor, tinha fazia tempo e você era a OUTRA. É bom estar atenta aos sinais...
Não por ser mulher, mas por ser tratada como uma pessoa, como ser humano, como  alguém que merece respeito e valor...  NINGUÉM deve ficar guardado na gaveta. O mundo merece o nosso brilho!!! O pior de tudo isso é que quando estamos com uma pessoa assim, normalmente nos fechamos para outras e deixamos de conhecer e viver momentos incríveis. E aí? Bora lá viver??? 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

BISCATE SIM! PILANTRA NÃO!


SIM!!! Pode biscatear à vontade!!!!!!!!!! Biscatear faz bem: ao ego, ao corpo, à pele... sair, dar um treps com quem quiser, na hora que quiser... Claro que pode! Em uma roda de amigas, discutíamos sobre essa questão... Chamamos de “biscate” aquela guria que se esfrega no seu namorado na sua frente... não contente, ela se esfrega em todos os meninos da roda na frente de suas respectivas namoradas e faz isso pelo puro prazer de deixar as namoradas para baixo, mostrar que tem mais poder de fogo (?) do que qualquer outra mulher naquele recinto. Ok. Isso é ser biscate? Uma mulher que faz isso merece essa alcunha? Na minha humilde opinião... NÃO! Isso não é ser biscate, isso é mostrar um falta de caráter monstruosa, uma carência, necessidade de atenção aguda, um egocentrismo que se alimenta de constrangimento e da tristeza alheia por meio de comportamentos ofensivos, desnecessários, patéticos e obviamente infantis.
            Voltando para a roda de conversa, o termo encontrado para melhor definir quem tem esse tipo de comportamento foi “pilantra”. Refletindo sobre o termo, percebi que a palavra “pilantra” não traz em si o gênero, saberemos dentro do contexto se estamos falando de UM PILANTRA ou de UMA PILANTRA. Mais ainda, fui verificar a etimologia da palavra e olha só que interessante: descobri que vem de Pelintra, uma palavra dos cultos africanos, usada na verdade para referir-se à entidade chamada de “Zé Pelintra” ou ainda “Zé Pilintra” o famoso MALANDRÃÃÃÃO. (vide: http://www.africanasraizes.com.br/pelintra.html).
            Independente da origem e/ou aplicação da palavra PILANTRA, a conclusão é que BISCATE é um termo sexista para designar a mulher que tem um comportamento sexual livre: liberto dos padrões sociais estabelecidos pelo patriarcado há séculos. A biscate não passa vontade por receio do que os outros pensarão, ela busca sua independência moral e sexual e muitas vezes nessa busca, seu comportamento é criticado até mesmo por outras mulheres, que preferem ser as “certinhas”. (Isso é assunto para outra postagem...) 
            Em todo caso, meninos e, principalmente, meninas, não usemos o termo “biscate” de maneira pejorativa, não odiemos as biscates, não usemos essa palavra para falar da falta de caráter, para falar daquela mocinha que fica fazendo raivinha para as namoradas achando que está ARRASANDO. Saibamos apenas que essas mocinhas precisam de ajuda psicológica (quiçá psiquiátrica) com urgência. Usemos o termo “biscate” para falar das mulheres que não se importam com o julgamento alheio, para as mulheres que pensam que sua vida sexual pode e deve estar desvinculada de seu profissionalismo, da sua capacidade intelectual... Não importa com quantos homens (ou mulheres) nos relacionemos sexualmente, importa não enganar, não mentir, não constranger, não ferir, não causa mal a outrem intencionalmente sobretudo por uma questão de ego. Isso é coisa de pilantra!!!


Biscates: tamo junto!!!!
           

            

terça-feira, 24 de setembro de 2013

¿Es posible huir? ¿Y aunque lo sea, lo querremos de veras? ¿Huiríamos?

Mirando este sencillo cómic de Liniers, me doy cuenta de cómo somos chicos delante de la fuerza de la naturaleza. Sin embargo, queda la duda... será natural lo que sentimos unos hacia los otros?

A veces estamos en la playa y todo está lindo, hay sol, hay pájaros, hay todo lo que necesitamos, pero insistimos en caminar hasta el borde... nos acercamos al mar, empezamos mojando los pies, hasta que llegamos más cerca, las olas ya alcanzan nuestras rodillas un día, al otro día, dejamos que se moje hasta las caderas y nos ponemos miedosos, pero sentimos CURIOSIDAD Y DESEO...  deseamos saber como será cuando las olas nos mojen más y más... así, adentramos al mar, hasta que nos mojemos la cintura, el pecho y los hombros... pero no estamos satisfechos, no, señores, no lo estamos... Y, en este momento, no podemos esperar al día siguiente para que el agua del mar nos moje el mentón, la nariz y hasta el pelo de toda la cabeza por unos segundos. 

¡Ah! ¡Qué rica es la sensación! El agua del mar ya nos ha mojado totalmente. ¿Por qué no nos damos por satisfechos y volvemos a la arena? ¡Ya! ¡Listo! "¡NO HAY PORQUE IR MÁS ALLÁ!" nos dice una voz interior que insistimos en ignorar, sofocar, callar. 


Entonces, llega el día en que el deseo es más fuerte que TODO - más fuerte que la intuición, que la prudencia, que el equilibrio, que la serenidad, incluso... la serenidad ya no existe - y llega el día en que por vergüenza de lo que pensarán los demás, o simplemente por un "cuidado inútil", tomamos el paraguas y marchamos rumbo al mar, las olas van y vuelven... las perseguimos, como detectives, ingenuamente como gatos que persiguen ratones débiles. Hasta que llegamos al cómic de Liniers: 

Para mí, el subtítulo más adecuado para este cómic sería: 
¿Y aunque sea, queremos que sea posible huir?
"Así es la vida: no hay casco, paraguas o equipo de seguridad que te pueda salvar de una ola de sentimientos...ahora hay que buscar un chaleco salvavidas... y nadar hasta la próxima playa, hasta la próxima ola".

Aunque sepamos que viene una ola inmensa ola, que nos puede ahogar, que probablemente nos arrastrará, ¿Por qué la buscamos? ¿Por qué no huimos? Bueno, el por qué no importa… al fin y al cabo yo tengo una profunda admiración por aquellos que van al encuentro de esta ola, sobretodo sabiendo de los riesgos… y les admiro a estos valientes no necesariamente por su coraje, sino por su ESPERANZA.

Suerte a todos nosotros que no desistimos. 
Las ganas de dejarse llevar por las olas es lo que nos mueve hacia el mar profundo y misterioso. 
Estas son las ganas de ser feliz al lado de alguien - que nos merezca, de lo contrario, QUEDEMOS EN LA ARENA, disfrutando todo lo bueno alrededor, porque SÍ, un día, las olas invadirán toda la playa... 
Y ya no tendremos miedo... 
Y ya no tendremos inseguridad... 
Y nos sentiremos muy bien... arrastrados por el mar, por una ola tierna e infinita.

Amém.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Siempre septiembre

Curioso... 

¿Será que la primavera favorece la creatividad? 

¿O será que simplemente, cuando llega septiembre la paciencia ya no alcanza? 

Siempre en septiembre 
Se siente ciento veinte 
Cosas diferentes 

¿Qué viene?
¿Quién viene?
¿A qué viene?
Y, si viene ¿se detiene?
¿O será una fiebre?
¿Qué se siente?
¿Qué trae siempre septiembre?

¿¿¿MÁS SARCASMO???